segunda-feira, 29 de junho de 2009

Happy hour com H maiúsculo!

Praticando o levantamento de copo


Aqui tem um bar onde a cerveja custa 0,50, de segunda a sexta, das 18h às 22h. Isso sim é que é happy hour! Dá pra ficar "no brilho" por menos de 5 euros. Além disso, não é nenhum "pega-bebo". Muito pelo contrário. O lugar é bem bonito, a localização é ótima, os atendentes simpáticos e a música boa.

Os amigos que vierem ao Porto me visitar terão o Grand Café na programação, com certeza!

Bjs!

domingo, 28 de junho de 2009

Minha pátria é minha língua

Pátria que me pariu!


* Quando fores ao supermercado, compra-me um pacote de pensos, uma chávena nova, lixívia, natas e sumo. Mas não vás de comboio. Melhor ires de autocarro.

* O frigorífico está vazio, vamos ao talho comprar algo que preparo umas sandes.

* O autoclismo avariou.

Deu pra entender algum coisa, povo do meu Brasil?

Pois todas as frases acima estão escritas em português, só que na variante aqui de Portugal. É muito engraçado chegar a um lugar onde o idioma oficial é o mesmo que o seu e se deparar com situações em que parece que estão falando (ou a falar) grego.

Quando os primeiros portugueses chegaram ao Brasil, o idioma era o tupi, além de outras línguas indígenas. Além disso, a distância geográfica, o nível cultural dos primeiros portugueses que habitaram o Brasil, o contato com os africanos também determinam essas diferenças que vão além do patamar léxico.

Dentro do Brasil, o português também muda de acordo com a região (menino/guri, laranja-cravo/mexerica, macaxeira/aipim). Da mesma forma, outros países lusófonos, como Cabo Verde, Angola e Moçamique, têm suas próprias variantes linguísticas.

Pra quem não enendeu bulhufas do que eu disse no início, aí vai a tradução:

* Quando fores ao supermercado, compra-me um pacote de absorventes, uma xícara nova, água sanitária, creme de leite e suco. Mas não vás de trem. Melhor ires de ônibus.

* A geladeira está vazia, vamos ao açougue comprar algo que preparo uns sanduíches.

* A descarga quebrou.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Casamento, verão e ría!

Oi, meu povo!

Para quem espera notícias sobre o casório, a entrevista com o juiz lá na Espanha não poderia ter sido melhor. Um papo super descontraído sobre minhas intimidades. KKKKKKKKK! Mas a saga continua e ainda tem um fiscal que vai avaliar o processo, dizer se tá tudo ok para eles poderem ligar para a gente finalmente escolher a data. Disseram lá que tá tudo certo e que só falta mesmo Antón acabar a faculdade. Essa foi boa! Sábias palavras, senhor juiz!

Depois da entrevista, fomos curtir a praia de Santa Cristina (em La Coruña) que o verão chegou lindo e maravilhoso e Antón mora pertinho do mar. Saquem só o visual do lugar.

Santa Cristina - La Coruña

Apesar de ser uma praia urbana, aqui não tem barracas nem cadeirinhas nem comércio ambulante. Quem quiser que leve suas cadeiras, toalhas, livros, comidinhas e afins. Ah, tem ainda uma particularidade: a ría (assim mesmo... feminino de rio).

Antón na ría

A "ría" é formada pelo encontro do rio com o mar e regida pelo sobe e desce das marés. Em Santa Cristina (onde mora Antón), o povo curte mais a ría porque não tem tanto vento quanto na praia mesmo.

Beijo!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Duas vezes quinze


Três décadas, três festas. Eu pensava que não ia ter nada além de uma comemoraçãozinha com Antón, mas como agora sou globalizada, tive parabéns pra você em português do Brasil, de Portugal e em espanhol.

Querem ver como é que se canta?


BRASIL

Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida!
Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida!

É pique! É pique! É pique, é pique, é pique!
É hora! É hora! É hora, é hora, é hora!
Rá-tim-bum!
Aninha! Aninha!Aninha!

* a festa brasileira foi virtual e não teve foto. Estavam meus pais, meus irmãos, cunhados, minha rimã e meus sobrinhos lindos! Amei!


PORTUGAL

Parabéns a você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

Hoje é dia de festa
Cantam as nossas almas
Para a menina Aninha
Uma salva de palmas

* Essa festa foi bagaceira total! vinho, cerveja, espumante, carninhas pra acompahar e o irresitivel bolo de bolacha. Valeu, meu bem! Você arrasou! Detalhe importante: eu era a única menina da festa (estavam o Rui, Ruben, Richard e Pedrinho, além de mim e de Antón).

ESPANHA

Cumpleaños feliz,
Cumpleaños feliz,
Te deseamos todos,
Cumpleaños feliz.

* Jantarzinho surpresa na casa da sogra. A mulher é chiquérrima ( eu tb nao ia me meter em qualquer familia). Salmão, vinho Rioja, champanhe (de verdade), foie gras, torta de frutas vermelhas. Maravilha!!!!

Obrigada a todos que me amam e que eu amo também :)

Quero fazer 30 anos de novo!!


Beijo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

No escurinho do cinema...




No dia dos namorados, fui ver um filme com Antón. Foi uma aventura cinematográfica. Literalmente!

Na bilheteria tem uma promoção bem bacana: o cliente pode comprar um combo bilhete + jantar. E tem opções em quase todas as lojas da praça de alimentação. Pegamos duas entradas para Anjos e Demonios e o atendente sugeriu:
- Vocês podem comprar a pipoca agora e pegar quando entrarem na sala.
- Ótimo! Vamos querer.

Até aí tudo ótimo!

Compramos sanduíches, doces e salgados como se o mundo fosse acabar e antes de entrar fomos ao balcão do cinema.
-Antón, essa pipoca é doce?
-É.
- Não acredito que comprei um balde de pipoca doce!!!!

Mas nada como ter amigos conterraneos em umpaís estrangeiro. Lembrei das sábias palavras de Fabíola como se fosse um sonho bom: "se quiser pipoca salgada tem que especificar"...

- Moço, a pipoca pode ser salgada?
-Pode. (ele vai lá dentro e volta com a "nossa" tradicional companheira de cinema).
Ufa!

Já na sala (fomos os primeiros a entrar), Antón adverte que as cadeiras são numeradas. Mas a gente não achava o número.
- Deve ser só fachada. Vamos sentar em qualquer lugar.
Chega outro casal.
- Procura aí nossa fila... G não sei o que...
- Antón, o lugar é marcado mesmo.
- Mas a gente não sabe onde estão as letras.
- Levanto e vejo que a indicação da fila está impressa no piso, que é preto. E, claro, o recinto está escuro. Mas vamos lá.

Encontramos os lugares, começamos a ver o filme e, no bom da história, a tela se apaga. O povo começa a sair da sala.
- Já acabou o filme? Faltou energia? Como assim?
Eis que surgena telona o letreiro INTERVALO.
-Eita Aninha, esqueci de dizer que aqui tem intervalo. Vou ao banheiro. Volto já.
- E eu me sentindo a criatura mais besta do mundo. Tomei pouco refrigerante pra não sentir vontade de ir ao banheiro, comprei tudo que achava que precisava para ver o filme e o resultado foi que fiquei praticamente sozinha enquanto o povo se esticava.

Valei-me, nossa senhora protetora dos matutos!

O amigo Rui disse que o intervalo não é adotado em todos os cinemas, portanto, quando vier ao cinema aqui, é bom não esquecer.

Não peça pipoca. Peça pipoca SALGADA.
Pergunte se tem intervalo.
Observe se no bilhete tem indicação de lugar. Se tiver, sente na sua cadeira.

O povo lá de casa gostou das ideias. E você?

Beijos!

sábado, 13 de junho de 2009

Milhas e milhas distante dos meus amores

Painho, mainha, eu (com cara de lesa),
Julia e D. Zefinha


Paty, eu, Juia, Paulinha, Juliana e Gil


Hoje faz dois meses que saí de casa sem saber direito quando volto. Dois meses que disse: te amo pai, mãe, irmão, irmã, cunhado, cunhada, sobrinha, amigos, mas tenho que ir. Não foi fácil.

"Meu povo" é muito importante para mim. Minha base, minha referência, meu porto seguro. Dá medo sair de perto. Freud explica, acho. Ou eu explico.

Penso que esse apego é uma herança africana. Aqui na Europa observo os comportamentos e não consigo não especular sobre o que herdamos dos europeus, africanos e índios. E esse apego ao lar, para mim, vem da Mama África. Aqui, os angolanos, moçambicanos, cabo verdianos etc vivem praticamente entre si. Acho que essa união, quase dependente, é mesmo cultural e até histórica (a escravidão antes e o preconceito agora fazem com que tenham que se unir para sofrer menos). E essa mania de viver "agarrado" corre nas nossas veias também.

Enfim, deixei minha tribo para, na verdade, aumentá-la. E tou feliz aqui. Apesar das saudades (palavra bonita essa).

Como estou muito literária esses dias, vou terminar com um trecho de Machado de Assis:
Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando.

Para Mainha, painho, Paulinha, Gil, Toninho, Juliana, Júlia, Vovó, D. Zefinha, Patrícia e todos os meus amores.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados



Hoje é dia dos namorados e eu, que sou uma fútil muito culta, fiz um teste na internet pra saber que poema mandar para o boyfriend.

Respondi dez perguntas e deu nisso aí:

O poema ideal para enviar é...O mundo é grande

Vocês sabem que quem está apaixonado enxerga uma nova magia no cotidiano. Uma música, um bilhetinho, o barulho da chuva no telhado: tudo pode convidar vocês ao romance e à alegria de ter um amor. E não precisa ser um grande amor sacrificado, já que o de vocês é simples e despretensioso. Mas muito real, que é o que importa!
O grande Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987), poeta da segunda fase do Modernismo, retratou essa magia do cotidiano como ninguém. E nada como um lindo verso dele para colorir ainda mais esse Dia dos Namorados.

O mundo é grande

O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.

O mundo é grande, de Carlos Drummond de Andrade in AMAR SE APRENDE AMANDO & DECLARAÇÃO DE AMOR - Editora Record, Rio de Janeiro, RJ.O poema foi publicado pela primeira vez no começo da década de 1960.


Gostei!!!! Será que ele vai gostar também???

Para quem quiser fazer, o endereço é http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/teste-poema-amor.shtml

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Será o fim do furo?





Bastou eu sair do Brasil para o jornalismo nacional "bombar". Primeiro é a lei de imprensa que é revogada. Agora esse blog da Petrobras (no ar desde 02 de junho) que, na minha modesta opinião, obriga uma evoluçao dos nossos media.

Pra quem ainda não sabe, a empresa decidiu exibir na internet perguntas de jornalistas e as respostas da empresa antes que as reportagens fossem publicadas. (Ai, meu Deus! E agora? O que vai ser do furo?). A justificativa da Petrobras é divulgar o posicionamento da companhia sobre questões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a estatal. Depois tanto blablablá, decidiram postar as informações na primeira hora do dia que a notícia será publicada.

O xeque que a assessoria da Petrobras deu na imprensa é um marco no nosso jornalismo. Não é um xeque-mate. Agora, cabe à parte "atacada" botar a cabecinha pra funcionar e sair dessa cruzeta. Acho isso bom e necessário.

Os jornais terão que ter cuidado (de verdade) com as informações que têm e a empresa tem que evoluir em transparencia porque está constrangida a dar resposta a tudo o que se pergunta. A polêmica reside na perda de controle da situação por parte das redações e essa alcunha de o quarto poder geralmente tem mais importância do que a qualidade do trabalho que se realiza.

quem não viu ainda, acesse http://petrobrasfatosedados.wordpress.com/

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O dia de Camões

O dono do feriado

Hoje é feriado. Um feriado cinza, frio e de chuva para celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Nada contra Portugal nem as comunidades portuguesas, muito pelo contrário, mas, desses três, prefiro Camões com suas antíteses e paradoxos luxuosos.

Pouco se sabe sobre ele. Dizem que nasceu em Lisboa. Dizem que era boêmio. O certo é que foi precursor da literatura barroca e um gênio da língua. Isso é que é mito de verdade!

Querem ler?


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões (1595)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Hoje eu acordei com uma vontade danada...

...de beijar o português da padaria!


"Não adianta mentir pra mim mesma
Ficar me enganando, tentando dizer
Que nunca na vida, nunca na vida eu gostei de pão doce
Porque por mais que eu queira esconder
A verdade é que eu adorava pão doce
Não podia passar sem pão doce
Bastava ver padaria, que logo eu ia, que logo eu ia
Comprar"

Trecho da música Pão doce, de Carlos Sandroni


Pão e circo, o pão nosso de cada dia, ele (ela) é um pão, "Eu sou o pão da vida"... Símbolo maior da alimentação humana, o pão representa também o alimento espiritual. No cristianismo, está associado ao corpo de Deus e em Portugal é uma maravilha gastronômica. Tem doce, salgado, de centeio, de mistura, tigre, de chouriço, de cereais... uma infinidade de delícias!



Essa expressão clichê "o português da padaria" agora faz todo o sentido para mim. As padarias atraem por todos os sentidos. São templos de adoração ao mais sagrado dos alimentos. E todo mundo que entra, sai regozijado.
Bjs!




sexta-feira, 5 de junho de 2009

Amigos do lado de cá (parte II)

Desculpa aê a bagunça!

Quarta-feira teve jantar aqui em casa. Paella feita por Antón. O que ia ser uma refeição para falar de arquitetura e trabalhos da faculdade virou (graças a Deus!) uma farra, com direito a produçao de video (com chezz Ruizinho ensinando a fazer um dos seus deliciosos molhos) , jogo de pôquer e cervejada até as 3h da madruga...

Além de mim, Antón e Rui (que já apresentei), estiveram também Rubem e Pedrinho.
Os meninos são ótimos, muito engraçados e falantes. Pelo visto, tenho sorte com amigos em qualquer lugar em que esteja.
Bjs!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Hoje o papo é sobre cabelos

Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelaaada!!

Para mim, manicure, depiladora e cabeleireira são cargos da mais alta confiança. Já falei no blog que aqui se encontram produtos de alta qualidade e baixo preço, mas serviços não. Nesse setor, a lógica é quanto mais caro, melhor (como em qualquer lugar).

No Brasil, era frequentadora assidua de salões de beleza (no plural porque era um para fazer depilação, outro para as unhas e outro para o cabelo). Além disso, investia boa parte do meu salário em produtos que prometiam "domar a juba". Minha grande amiga Claudinha era a companheira perfeita nas compras de cosméticos e a melhor pessoa para se falar sobre cremes, shampoos e afins. Quase uma Thaís Araújo, no programa Super Bonita.

Como aqui não tenho grana para viver no salão nem Claudinha para me aconselhar, tenho que acreditar nos rótulos dos produtos. E não é que tem dado certo? Não sei se é o clima, a água, se os fabricantes cumprem o que prometem ou tudo junto, mas certo é que meu cabelo não tem me feito pasar vexame. 

Entretanto, preciso de um verdadeiro arsenal para ficar apresentável. Além do shampoo e condicionador, uso um máscara de tratamento instantâneo, creme para pentear, mousse para definir os cachos, reparador de pontas e mousse para alisar a franja (com a ajuda da chapinha, claro).

Depois conto minhas aventuras com tutoriais de depilação de sobrancelha e automaquiagem, as batalhas com a maquininha de depilação, o alicate e esmalte. Claudinha, querida, como você me faz falta!