sábado, 13 de junho de 2009

Milhas e milhas distante dos meus amores

Painho, mainha, eu (com cara de lesa),
Julia e D. Zefinha


Paty, eu, Juia, Paulinha, Juliana e Gil


Hoje faz dois meses que saí de casa sem saber direito quando volto. Dois meses que disse: te amo pai, mãe, irmão, irmã, cunhado, cunhada, sobrinha, amigos, mas tenho que ir. Não foi fácil.

"Meu povo" é muito importante para mim. Minha base, minha referência, meu porto seguro. Dá medo sair de perto. Freud explica, acho. Ou eu explico.

Penso que esse apego é uma herança africana. Aqui na Europa observo os comportamentos e não consigo não especular sobre o que herdamos dos europeus, africanos e índios. E esse apego ao lar, para mim, vem da Mama África. Aqui, os angolanos, moçambicanos, cabo verdianos etc vivem praticamente entre si. Acho que essa união, quase dependente, é mesmo cultural e até histórica (a escravidão antes e o preconceito agora fazem com que tenham que se unir para sofrer menos). E essa mania de viver "agarrado" corre nas nossas veias também.

Enfim, deixei minha tribo para, na verdade, aumentá-la. E tou feliz aqui. Apesar das saudades (palavra bonita essa).

Como estou muito literária esses dias, vou terminar com um trecho de Machado de Assis:
Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando.

Para Mainha, painho, Paulinha, Gil, Toninho, Juliana, Júlia, Vovó, D. Zefinha, Patrícia e todos os meus amores.

Um comentário:

  1. Eita tás bem literária mesmo! :) Já vi os últimos posts tão bem legais! Ei já viu a previsão para o próximo fds? 35 graus!!!!!! kkkkkkkkk E aí vamos comemorar esse niver!
    bjs

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