domingo, 28 de junho de 2009

Minha pátria é minha língua

Pátria que me pariu!


* Quando fores ao supermercado, compra-me um pacote de pensos, uma chávena nova, lixívia, natas e sumo. Mas não vás de comboio. Melhor ires de autocarro.

* O frigorífico está vazio, vamos ao talho comprar algo que preparo umas sandes.

* O autoclismo avariou.

Deu pra entender algum coisa, povo do meu Brasil?

Pois todas as frases acima estão escritas em português, só que na variante aqui de Portugal. É muito engraçado chegar a um lugar onde o idioma oficial é o mesmo que o seu e se deparar com situações em que parece que estão falando (ou a falar) grego.

Quando os primeiros portugueses chegaram ao Brasil, o idioma era o tupi, além de outras línguas indígenas. Além disso, a distância geográfica, o nível cultural dos primeiros portugueses que habitaram o Brasil, o contato com os africanos também determinam essas diferenças que vão além do patamar léxico.

Dentro do Brasil, o português também muda de acordo com a região (menino/guri, laranja-cravo/mexerica, macaxeira/aipim). Da mesma forma, outros países lusófonos, como Cabo Verde, Angola e Moçamique, têm suas próprias variantes linguísticas.

Pra quem não enendeu bulhufas do que eu disse no início, aí vai a tradução:

* Quando fores ao supermercado, compra-me um pacote de absorventes, uma xícara nova, água sanitária, creme de leite e suco. Mas não vás de trem. Melhor ires de ônibus.

* A geladeira está vazia, vamos ao açougue comprar algo que preparo uns sanduíches.

* A descarga quebrou.

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